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Virou a casaca! Relembre casos como do lateral-esquerdo Danilo Barcelos, que saiu do Bota para o Flu
Por João Pedro Ramalho

As transferências dentro da esfera do futebol são comuns e rotineiras. Todavia, quando essas transações ocorrem de um rival para o outro, a polêmica surge e alguns casos ficam marcados no imaginário do torcedor. O mais recente caso no futebol carioca envolveu os rivais Fluminense e Botafogo: o lateral-esquerdo Danilo Barcelos, contratado no início da temporada pelo Alvinegro, deixou o clube após pouco mais de oito meses e agora vestirá a camisa tricolor. Partindo desta situação, vamor relembrar outros jogadores que viraram a casaca no futebol carioca:
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Willian Arão (do Botafogo para o Flamengo)
O volante Willian Arão apareceu no futebol do Rio de Janeiro vestindo primordialmente as cores do Botafogo. Contratado em 2015 para reforçar o elenco do Glorioso na Série B do Campeonato Brasileiro, o jogador logo se destacou nos primeiros meses dentro de General Severiano. Titular e peça-chave no esquema do técnico René Simões, o versátil jogador foi notificado pela diretoria alvinegra sobre a renovação automática, prevista na cláusula contratual. Apalavrado com o Flamengo, a ação da gestão do Bota não foi bem aceita pelo volante, que depositou novamente na conta do Alvinegro os R$ 400 mil recebidos pela renovação. O atleta e o clube não chegaram a um consenso, e Arão precisou ir à justiça para se desvincular oficialmente do clube, e assinar, ainda no fim de 2015, um contrato com o Rubro-Negro, onde joga até hoje.

Henrique Dourado (do Fluminense para o Flamengo)
Negociado em 2016 com o Fluminense, o atacante Henrique Dourado viveu seu auge nas Laranjeiras. Com a camisa Tricolor, foi artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2017 e maior goleador do país na mesma temporada, com 32 gols marcados. Destaque absoluto na equipe comandada por Abel Braga, o “Ceifador” recebeu sondagens do Flamengo. O Flu, mesmo sem interesse em negociar o artilheiro com o rival, cedeu e negociou o centroavante com o clube da Gávea por R$ 11 milhões em 2018. Deste valor, R$ 7,5 milhões foram destinados ao Tricolor das Laranjeiras, que detinha parte dos direitos econômicos do jogador e aceitou receber de forma parcelada. Antes de vestir a camisa do rival rubro-negro, Dourado marcou 34 gols em 75 partidas em toda passagem pelo Flu.

Wellington Silva (do Flamengo para o Fluminense)
O lateral-direito Wellington Silva é mais um a vestir o fardo do rival. Após grandes atuações no Campeonato Carioca de 2012 atuando pelo Resende, o atleta chamou a atenção de alguns clubes, e o Flamengo logo o contratou. Citado na lista de desejos de Abel Braga, técnico do Fluminense e campeão brasileiro na temporada anterior pelo Tricolor, o jogador deixou a Gávea após uma curta passagem de seis meses. A oferta de um salário maior deslumbrou o jogador, que fechou contrato com o Flu em 2013 e ficou até 2014 nas Laranjeiras, onde também jogou em 2015 e 2016, após ser emprestado ao Internacional.
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Rafael Vaz (do Vasco para o Flamengo)
O zagueiro artilheiro Rafael Vaz chegou ao Vasco em 2013, após se destacar no Campeonato Cearense defendendo o Ceará. Em três anos de contrato, viveu altos e baixos com a camisa cruzmaltina. O melhor momento dentro de São Januário ocorreu em 2016, onde, em partida válida pela primeira fase do Campeonato Carioca, o defensor saiu do banco de reservas para sacramentar a vitória do Gigante da Colina sobre o Flamengo, marcando um gol nos acréscimos do segundo tempo. Quase três meses depois, brilhou novamente e fez o tento do título carioca na final contra o Botafogo. Ainda no meio de 2016, o zagueiro sofreu assédios do Flamengo, e para convencer o atleta a ficar, a diretoria vascaína lhe propôs um aumento salarial. Contudo, ao fim do contrato, Rafael Vaz deu adeus à São Januário e vestiu a camisa do rival rubro-negro.

Romário (do Flamengo para o Vasco; depois, do Vasco para o Fluminense)
Revelado pelo Vasco em 1985,onde ficou até 1988, Romário coleciona idas e vindas entre os clubes rivais do Rio de Janeiro. Transferido para o PSV (HOL) e posteriormente para o Barcelona (ESP), o Baixinho voltou ao futebol brasileiro com o prêmio de melhor jogador do mundo. Todavia, foi jogar justamenteno maior rival do clube que o revelou, o Flamengo. Pelo clube da Gávea, o Peixe conquistou, entre 1995 e 1999, dois Campeonatos Cariocas e uma Copa Mercosul. Em toda a passagem pelo Rubro-Negro, marcou 204 gols em 240 partidas.
Após uma saída polêmica do Fla, Romário voltou ao Gigante da Colina em 1999. No retorno ao Vasco, o atacante viveu o apogeu dele. Campeão do Brasileirão, do Carioca e da Libertadores defendendo o Cruzmaltino, o Baixinho retornou ao plantel de ídolos de São Januário. Em duas passagens, carrega a marca de ser o segundo maior artilheiro do clube com 326 gols marcados.
Em 2002, transferiu-se para o Tricolor das Laranjeiras. Assim como no Flamengo, Romário foi contratado pelo Fluminense, em agosto de 2002, para fazer parte de um projeto grandioso e fortalecer a imagem do clube. Dessa vez, no entanto, não faltaram apenas títulos. As boas atuações também foram raras. Além disso, acumulou polêmicas na breve passagem com 48 tentos em 77 ocasiões.